16 julho 2011


Incomplete
(Alanis Morissette)


One day I'll find relief
I'll be arrived
And I'll be a friend to my friends
Who know how to be friends

One day I'll be at peace
I'll be enlightened
And I'll be married with children
And maybe adopt

One day I will be healed
I will gather my wounds
Forge the end of tragic comedy

I have been running so sweaty my whole life
Urgent for a finish line
And I have been missing the rapture this whole time
Of being forever incomplete

One day my mind will retreat
And I'll know God
And I'll be constantly one
With her night dusk and day

One day I'll be secure
Like the women I see
On their 30th anniversaries

Ever unfolding
Ever expanding
Ever adventurous
And torturous
But NEVER DONE

One day I will speak freely
I'll be less afraid
And measured outside of my poems
And lyrics and art

One day I will be faith-filled
I'll be trusting and spacious
Authentic and grounded
And whole


10 março 2011


"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

Clarice Lispector

03 janeiro 2011

PARECE UM SONHO...



"Parece um sonho que ela tenha morrido!"
diziam todos...Sua viva imagem
tinha carne!...E ouvia-se, na margem,
passar o frêmito do seu vestido...

E era como se ela houvesse partido
e logo fosse regressar da viagem...
- até que em nosso coração dolorido
a Dor cravava o seu punhal selvagem!

Mas tua imagem, nosso amor, é agora
menos dos olhos, mais do coração.
Nossa saudade te sorri: não chora...

Mais perto estás de Deus, como um anjo querido.
E ao relembrar-te a gente diz, então:
"Parece um sonho que ela tenha vivido!"

Mario Quintana.

30 dezembro 2010

What a year...





2010 em 1 palavra: Mudança. Nada de mudança de visual ou opinião política. Mudança na raiz. Reconstrução do futuro.

Deixei de lado as lamentações e parei de permitir que passassem a mão na minha cabeça e decidissem meus passos por mim. Em uma epifania chorosa, decidi que era a hora de parar de reclamar e fazer alguma coisa. Isto posto, recomecei do zero.

Vestibular, sala de aula, faculdade, escritório e sob olhares indignados e admirados, uma nova carreira foi surgindo.

Não há arrependimento, tão pouco frustração, existe sim a vontade de dar certo.

Somado a isso houve a mudança de estado de espírito. Outros valores, fiquei mais seletiva e menos emotiva. Olhar em outra perspectiva.

2010 teve um pouco de tudo...expectativas, paixonite proibida, novas amizades, saudade, inimigos, surpresas, nascimento.

Saturno retornou e iniciou um novo ciclo, fazendo com que esse ano terminasse com saldo positivo, como há tempos não acontecia.

25 setembro 2008




Simplicidade orgânica.


Conheci Macabéa em uma música e me apaixonei por ela em um livro. Moça simples, sem noção e quase inexistente. Quase. Mas existe. Não só pra mim, mas para Clarice Lispector e Rodrigo S.M., que se fundem para criar, delinear e nos entregar o ser mais puro que já existiu na literatura brasileira.

A Hora da Estrela foi o primeiro livro que terminei, recomecei e "reterminei". Hoje virou praticamente um manual, com anotações e passagens grifadas que me fizeram rir dessa nordestina miúda. Das afirmações absurdas mas completamente verdadeiras. Dos sentimentos e suas descobertas. Dos pensamentos e amor por sua vida, que tinha sabor de café frio e amargo, mas mesmo assim era boa. Tão boa que teria saudade de si mesma quando morresse.

Macabéa não se tratava de uma idiota, mas tinha a felicidade pura dos idiotas. Acreditava que era feliz e ria por não se lembrar de chorar. Apesar de não passar de um ser que só sabia chover, no fim, por poucos minutos, Macabéa experimentou uma explosão de sentimentos, sua vida mudou por completo, enfim descobrira a verdadeira felicidade.

Essa datilógrafa, virgem, que gostava de coca-cola e que se surpreendia como todos os dias à mesma hora fazia exatamente a mesma hora, me mostrou que até no capim mais vagabundo ha desejo de sol.




08 maio 2008



Pushing me


No meio de tantos seriados sobre vampiros, zumbis, super heróis, hospitais e investigação de crimes hediondos, que hoje preenchem a programação tanto da televisão aberta quanto da fechada, eis que surge Pushing Daisies. Um seriado bom, despretencioso e engraçado.
A princípio trata-se de um rapaz - Ned - que tem o poder de reviver as pessoas por 60 segundos, com apenas 1 toque. Ned, juntamente com o investigador Emerson, aproveitam esse poder para desvendar crimes e assim conquistar a recompensa oferecida pela família da vítima.

Tudo seria simples se não fosse o acabamento dos personagens, no maior estilo Amelie Poulain. Diálogos inteligentes com vocabulário sutil, sem falar da expressão facial dos atores que parecem ter saído de uma revista em quadrinhos. Os cenários e figurinos coloridos são um capítulo à parte, fazem com que Tim Burton tema com uma concorrência à altura.

Apesar dos crimes e investigações, o humor e amor pairam sobre Pushing Daisies. Pelo fato de Ned não poder mais tocar sua amada - Chuck - o carinho com que se comunicam e se olham é apaixonante e extremamente puro. E mais apaixonante ainda são as deliciosas tortas produzidas pelo protagonista.

Amar alguém sem poder toca-la vale a pena pelo simples fato de sua presença...Com esse enredo, pelo menos uma vez na semana, a morte fica em segundo plano.



24 março 2008



Just in time


Há quem passe pela vida sem saber oque é o amor. Sem nunca ter vivido ou ouvido um " Eu te amo " verdadeiro. Sem nunca ter sentido o calor do abraço e o beijo do amor incondicional.

Eu tive tempo de expressar todo meu afeto, de dizer milhares de coisas e sentir outras tantas. Eu tive tempo de abraçar, segurar na mão, brigar, chorar e fazer as pazes. Eu tive tempo para escutar, aprender, falar e me silenciar. Eu tive tempo. Não por saber do fim iminente, mas por ter vivido intensamente ao lado do maior amor da minha vida.

Apesar de ter aproveitado cada segundo e cada pedacinho desse amor, o tempo foi cruel. Cruel por ter sido curto. Cruel por ter me viciado no mais puro sentimento...Eu queria mais. Ela também queria mais.